23/01/2015

Reunião Quebra de Xangô


    Boa noite, ontem à noite foi realizada Mais uma reunião do quebra de Xangô 2015, bem esclarecedora, novas ideias apresentadas, e muitas dúvidas tiradas, Para realizar um lindo trabalho e evento como foi feito na lavagem do Bonfim que diversas casa de matrizes africanas participarão com muita força e axe.   Próxima reunião acontecerá dia 29/01 em uma quinta feira às 18:00 horas, Na fundação de Pai Maciel, localizada na Ponta Grossa  , compareça você também, sua presença e muito importante nessa luta, a União faz a força.






Conheça o Orixá regente em 2015



O Orixá regente em 2015 será Ogum. Neste ano que se inicia, teremos a regência do planeta Marte; logo, sua regência será dada pelo Orixá da Guerra, Ogum, com influência de Exu. “ O ano de 2015 será um ano bem interessante. Será regido pelo Orixá Ogum; sim, o grande guerreiro das demandas, patrono da Umbanda. E quando temos um ano regido por esse grande Orixá temos um ano de batalhas, mas principalmente conquistas”, disse Pai Léo das Pedreiras, em seu blog.
Assim, Ogum nos auxiliará neste próximo ano com a execução de nossas ações, atuando e agindo na sagrada Lei. Aqueles que plantaram em 2014 colherão em 2015!
Espiritualmente estaremos muito bem guardados, pois o Ogum é o Orixá do ferro, um grande protetor e guardião de todos os caminhos! Ainda segundo Pai Léo, climaticamente teremos um ano não tão quente pois Ogum mora na Lua e Xangô é o fogo, logo há tendência para mais chuvas e mais umidade do que em 2014!  “Além de Ogum, teremos a influência de Exu em 2015, o Orixá mensageiro; não aquele Exu que trabalha em Terreiros e sim o Orixá Exu. Ele influenciará o ano de forma ainda mais acelerada, daí muitos terão a impressão de que o tempo passará voando”, afirmou.
Também de acordo com a dirigente espiritual Vovó Luiza de Guiné, Preta Velha da Casa de Caridade Luz Divina, o ano de 2015 será regido pelo Orixá Ogum.  Isto significa que as pessoas se sentirão com mais vontade de iniciar uma atividade – seja na vida pessoal, profissional ou afetiva – mas a forma como isso irá acontecer para cada um dependerá do Orixá de Cabeça daquela pessoa.
Ogum é tido como guerreiro e é do elemento fogo, por isso tem como característica a iniciativa, a força da ação e a combatividade. Sendo assim, no ano regido por Ogum as pessoas receberão esta força de vontade para atualizar novos projetos e retomar aquilo que ficou parado. “A maioria das pessoas sentirá vontade de arregaçar as mangas e recomeçar”, disse Vovó Luiza.
Este Orixá favorece as lutas que devem ser enfrentadas para se conquistar algo. Será um ano de combatividade, com possibilidade de maior agressividade. As características de Ogum ficarão muito fortes e evidentes em 2015, porque é o ano de seu reinado. Por ser um guerreiro, a parte ativa da irritação estará mais presente nas pessoas, portanto, todos temos que ter cuidado com os momentos de ira.
Desta forma, 2015, além de ser um ano de conquistas, também será um ano com propensão de novos focos de guerras, revoluções e conflitos, principalmente por motivos políticos, já que Ogum vem para sacudir este poder. A dica é canalizar as energias belicosas em artes marciais, dança ou trabalho.
Para um 2015 com boas energias, no final de 2014 faça orações e avalie tudo de bom e ruim que aconteceu neste ano, escrevendo em um papel todas as coisas ruins. Depois queime o papel para que as energias ruins se dissipem com a fumaça.
Na virada do ano use vermelho – cor de Ogum – e use objetos com ferro e aço.
Fontes: Blog Luz Divina/Blog Umbanda: O Reino da Paz

22/01/2015

Religiões de matriz africana


Artigo sobre a religiosidade de origem africana.
Em solo brasileiro a religiosidade de origem africana adaptou-se à realidade do regime escravocrata e cristão-católico. Contudo, mesmo sob grande privação, a força milenar da fé desse povo (re)nasceu das cinzas nas senzalas das fazendas e nos quilombos, formando uma vasta gama de denominações religiosas “afro-brasileiras”.
Conhecemos as religiões afro-brasileiras como Candomblé, Batuque (no RS), Umbanda (a mais tipicamente brasileira), Xangô, Tambor de Minas, Cabula, Encantaria, entre outras tantas.
Com a vinda dos povos africanos ao Brasil - aqui vendidos como mercadoria destinada à escravidão - veio também sua milenar cultura e formas de cultuar Deus e outras entidades transcendentes. Não se trata, portanto, de uma cultura e religiosidade qualquer: quando falamos da África, precisamos ter em conta de que aquele continente vem a ser o berço da raça humana e, por conseguinte é, igualmente, um importante polo cultural onde se desenvolveram as primeiras grandes religiões do mundo, o culto aos ancestrais, os Orixás.
A diversidade nominal das religiões de matriz africana deve-se, em parte, às diferentes nações que deram origem ao povo africano no Brasil. Destacam-se as nações Keto, Angola e Banto.
Um Deus, diversas divindades
As religiões de matriz africana, ao contrário do que se poderia imaginar, não são religiões politeístas. São monoteístas. Conforme a tradição Yorubá, Olodumaré (ou Olorum) é o nome do único Deus Supremo, o Senhor absoluto sobre o que há no céu e na terra. Olodumaré é Único, Criador, Rei, Onipotente, Transcendente, Juiz e Eterno. Não recebe cultos e oferendas diretamente. Mas sempre que um africanista invoca uma divindade, a oração inicia por Axé (se Deus puder aceitar esta minha oração).
As divindades que recebem cultos e oferendas são os Orixás. São figuras divinizadas a serviço do governo do mundo. Algumas destas, ao lado de Olodumaré, participaram da criação do mundo (Oxalá, Oxum e Iemanjá). Outros são ancestrais. São homens e mulheres que, por suas vidas exemplares, foram divinizados e agora personificam forças e fenômenos naturais. Cada Orixá representa uma força da natureza. Por isso muitos classificam estas religiões como animistas. Quando um devoto dessas religiões invoca seu Orixá, ele se refere às forças da natureza pertencentes à criação do Pai Olodumaré.
Os Orixás
Entre outros, os mais cultuados são:Exu (Bará): cuida dos prazeres, da virilidade, da procriação. Vestido com um manto vermelho e correntes, cumpre a função de ligar o humano ao espiritual.

Ogum: envolto em vestes de metal e cheio de armas, é o dono do ferro forjado e o que dele derivar. Sua força se destina aos que precisam de socorro imediato.
Iemanjá: veste-se como as ondas do mar e sua espuma. Enfeitada de estrelas e conchas marinhas, recebe a incumbência de iluminar as estrelas e cuidar da clareza dos pensamentos dos filhos de Olodumaré.
Iansã: traz ventos e frescor. Coberta de exuberantes adornos de cobre, administra os montes com seus ventos. Proporciona alegrias, moradia e panelas fartas em alimentos.
Xangô: se apresenta como força incandescente. A ele cabe zelar para que em cada amanhecer o sol traga seu calor e claridade, e que, por sua força e sabedoria, seja feita a justiça. Também cuida do jogo.
Odê e Otim (Oxossi): enfeitados com peles e penas, têm a função da caça e da pesca, bem como cuidam da alimentação. E por serem jovens cheios de vitalidade, assumem o cuidado do crescimento das crianças.
Obá: simples, firme, seguro e adornado com uma navalha, tem a seu encargo a guarda dos caminhos. Ademais, Olodumaré ordena que Obá zele pelas amizades e que corte as intrigas com a sua navalha.
Oxalá: é o mais velho dos filhos de Olodumaré. Usa vestido de algodão branco e cumpre a função de administrar a evolução espiritual e a paz entre todos os seres humanos.
Ossanha: veste folhas e sabe lidar com as ervas (plantas) que curam.
Oxum: revestida de ouro e riquezas, é a responsável pela beleza e pela fecundidade. Assume a tarefa de harmonizar os lares, cuidar das famílias, das crianças, das nascentes dos rios e da água doce.
Para cada momento da vida de uma pessoa, família ou grupo social a cultura religiosa africanista destina a proteção de um ou mais Orixás. Não há espaço para a solidão ou para a falta de proteção divina. Tudo que é da vida é da religião.
Além da interligação do humano com o divino, as Religiões dos Orixás (permita denominá-las assim) cumprem também importante papel social na vida de seus adeptos. A dura vida do trabalho forçado, a marginalização e o racismo que os acompanha desde os primórdios da escravidão, encontrou nos terreiros, sob a proteção dos Orixás, um importante lugar de liberdade e experiência cidadã. Mas não só naquele tempo. A maioria dos negros ainda hoje permanece na periferia da sociedade devido a um avassalador processo de marginalização e exclusão social. Por isso, os terreiros das religiões de matriz africana continuam sendo um privilegiado lugar de integração social e formação cultural. É nos terreiros que eles se sentem acolhidos e respeitados.
Axé!

21/01/2015

A nova cara da umbanda

A nova cara da umbanda
Plural por natureza, a religião brasileira se reinventa e conquista novos adeptos. Acompanhe essa jornada espiritual e entenda como a umbanda está ganhando o mundo
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
Sentada no meio do seu ateliê, a artista plástica Joana Gatis, 30 anos, aguarda o clique da câmera. Suas mãos estão pousadas sobre a da mãe-de-santo Alice Zanin, 64, a outra "modelo" da foto ao lado. Elas não se conheciam: foram reunidas por Galileu para esta reportagem. Em meio a pedidos do fotógrafo por olhares mútuos, poses e "sorrisos serenos", Joana se emociona - tem os olhos marejados. Sente-se reconciliada com seu lado espiritual, deixado meio de lado desde que trocou Recife por São Paulo, há um ano. "Chora não, tem que sair bonita", diz Mãe Alice para a nova filha. Joana estanca o quase-choro e volta a sorrir. Clique.
Lei do passe: para abençoar Joana, Mãe Alice pediu que a artista plástica vestisse mangas compridas, seguindo a regra dos terreiros tradicionais
O retrato de Alice e Joana mostra dois lados da mesma história: a evolução da umbanda. Nos anos 1960, quando Alice começou a freqüentar terreiros, foi preciso enfrentar a desconfiança da família, o preconceito dos ex-companheiros espíritas e muitas sessões de iniciação. Hoje, uma simpatizante umbandista como Joana pode se aproximar e se afastar da religião, criar seus próprios rituais e interpretações. Quem não é da umbanda não vai julgá-la, e quem é sempre irá recebê-la com energias positivas, o suficiente para trazer lágrimas aos olhos.
Dá para manter fiéis tão... infiéis? Segundo o IBGE, a umbanda perdeu um Maracanã de adeptos na década de 1990: eram 542 mil em 1991 e 432 mil em 2000. Mas os dados são contestados. "Até hoje o catolicismo é uma máscara usada nas religiões afro-brasileiras, máscara que evidentemente as esconde também dos recenseamentos", afirma o sociólogo Reginaldo Prandi em seu livro "Segredos Guardados - Orixás na Alma Brasileira". Além disso, a década foi o auge da perseguição dos neopentecostais à umbanda.

20/01/2015

Origens

 Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários.
Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem os seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.
Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos – água, terra, fogo e ar. Alguns estudiosos ainda vão mais longe e afirmam que são 400 o número de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra, 100 do Ar e 100 da Água, enquanto que, na Astrologia, são 3 do Fogo, 3 da Terra, 3 do Ar e 3 da Água. Porém os tipos mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Eles também estão associados à corrente energética de alguma força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias.
No Candomblé cultuam-se muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxossi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer os nossos caprichos, os nossos amores, os nossos desejos. É muito frequente dizer-se que as personalidades dos seus filhos são consequência dos orixás que regem as suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.
Apresento a seguir as descrições dos 16 Orixás mais cultuados. Recordo no entanto que existem diversas correntes no Candomblé e por essa razão as informações poderão ser diferentes de acordo com a tradição ou região.
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